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quarta-feira, 28 de março de 2012

Nesse vídeo a oportunidade da leitura e da escrita surgem juntas com o prazer de ter um computador em mãos, o que para uma criança é uma grande inovador e prazeroso ao mesmo tempo.

Linguagens Infantis

No livro Linguagens infantis, de Ana Lucia Goulart de Faria, a autora defende meios diferentes para serem lidos contos e livros com as crianças. Dessa forma o entendimento é maior e a atenção menos dispersa.
A idéia do livro é despertar o prazer da leitura nas crianças, sem que se torne algo obrigatório e chato.
Como se comportar durante a leitura conta muito para atrair ou não a atenção das crianças, tais como tom de voz, postura, desenvoltura e bom humor atraem e as fazem perceber o bem que um livro pode fazer a elas e aos colegas. É através do livro com ou sem textos que elas começam a reproduzir por meio da escrita e é nessa parte que precisamos estar junto da criança, ensinando-a a compreender a escrita como algo necessário e legal e não como alguma coisa que seja obrigado a fazer e só. Fazê-las entender que a escrita é a porta de entrada para a mesma viagem que uma boa história pode nos levar. 



O Caderno

Toquinho

Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco
Até o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel...
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel...
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer...
Só peço, à você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer...(2x)

A música do Toquinho, apesar de antiga retrata uma realidade. Nossas crianças não veem mais o caderno como fonte de sabedoria e de conhecimento e sim como um monte de folha onde eles escrevem o que está no quadro ou o que a professora dita. Lembro que eu e minhas amigas usavámos as últimas folhas do caderno para colocarmos versinhos e o trecho "Seus primeiros raios de mulher" me fez recordar muito bem disso.
Falar da minha infância é uma coisa muito boa e leve. Posso de dizer que fui mais crianças que as de hoje em dia, brinquei descalça, pulei corda, elástico, fiz guerrinha de lama, fiz comidinha com as plantas da minha avó, corri com meus primos em volta da casa para não apanhar (e não tinha nenhum problema em apanhar porque tinha feito bobagem). Na escola quase sempre fui a primeira no quadro de honra, e quando não era brigava com a professora, e ainda achava ruim com quem nao tirava nota boa...pensava que a matéria era fácil pra todo mundo haha, era muito bom desfilar pela sala com ar de superioridade e ser requisitada a ensinar outros amigos. Isso é sempre muito bom quando somos crianças. Não era uma criança problemática, mas era só outro amigo provocar que eu não rejeitava uma briguinha (e não mudou muito, rs) e ainda aproveitava por ser a melhor da turma, pois a melhor da turma não briga e não bate em ninguém né? 
Lembro também que foi na minha infância que desenvolvi dois dos meus grandes prazeres: ler e COMER. Ficava até chateada quando tiravam a fatura do cartão de crédito do meu alcance sem ter lido e quanto a comer, rs vide foto.





Em suma, tive uma ótima infância...sem tirar nem por.